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A REPRESENTAÇÃO FEMININA NA SEMANA DE ARTE MODERNA | Margarete Prado


Sempre é bom relembrar as que as mulheres sempre foram e são atuantes em todos os grandes eventos culturais que marcaram a História Cultural da Civilização Ocidental e não podíamos deixar de nos lembrar dessa maravilhosas mulheres vanguardistas neste Fevereiro de 2022, no qual comemoramos 100 anos da Semana de Arte Moderna no Brasil.

Começando pelas mais famosas, vamos relembrar de Tarsila do Amaral, Pagu e Anita Malfatti que tiveram importância fundamental no desenvolvimento da identidade cultural brasileira. Tarsila do Amaral (1866-1973), num tempo em que as mulheres não podiam em votar, casou-se em 1904 e conseguiu anular seu casamento em 1913 e saiu pro mundo para estudar Artes. Exemplo típico de mulher independente, nunca desistiu de buscar a felicidade e se casou ainda mais 3 vezes. Seu segundo marido foi o considerado playboy e poeta Oswald de Andrade, do qual se separou quando este teve um caso com a escritora Pagu.

Também maravilhosa Anita Malfatti (1889 - 1964)? Dizem que era muito tímida e nunca frequentou a vida badalada noturna da capital paulista. No entanto, foi a primeira mulher a fazer um exposição de artes no Brasil. Ela se sustentava com aulas particulares de artes plásticas, nunca se casou ou dependeu de nenhum homem. As más línguas comentavam que teria sido muito apaixonada por Mario de Andrade, mas vivia reclusa por causa de um problema crônica na mão. Foi ela quem introduziu Tarsila do Amaral no movimento modernista. Anita recebeu duras críticas de Monteiro Lobato, na época, a respeito de seus quadros e passou a pintar novas obras menos vanguardistas.

Pagu, a famosa Patrícia Rehder Galvão, foi a mais audaciosa e mais provocante. Entrou para o Movimento Modernista aos 18 anos, usava roupas masculinas e fumava em público. Ficou famosa com o romance Parque Industrial, que lhe rendeu ser correspondeste internacional de vários jornais cariocas e paulistas. Foi grande amiga de Tarsila, mas teve um caso com marido desta, Oswald de Andrade, com quem teve um filho, se filiaram juntos ao partido comunista e criaram um Pasquim Político.

Por último, temos Olívia Guedes Penteado (1872 - 1934), filha dos Barões do Café de Piranpingui, criada na riqueza. Casou-se aos 16 anos, com o primo Ignácio Penteado, indo morar em Santos. Após um surto de Febre Amarela, voltaram à capital paulista, no Bairro dos Campos Elísios, onde construíram uma bela mansão. Ignácio teve problemas de saúde e foram tratar em Paris, depois de uns anos, retornaram ao Brasil, porém Ignácio faleceu em 1914. Daí em diante, Olívia se torna uma das figuras mais atuantes do Modernismo, investindo em projetos de divulgação da cultura modernistas, montando ateliês e galerias para expor novos artistas, além de abrir sua mansão para a reunião e trabalhos dos modernistas, sendo um dos grandes points da época.

FONTE: BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. Editora Cultrix, 2017



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